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Artistas na pandemia: Desafios e soluções

Atualizado: 10 de ago. de 2021

Quais dificuldades os artistas enfrentam e quais soluções conseguiram encontrar para continuar a produção artística em tempos pandêmicos?


Foto: Agliberto Lima

Por Micaela Paiva


Com o início da pandemia do COVID-19, que afetou diversos setores profissionais em todo o mundo, algumas áreas específicas que necessitam do maior contato humano – mitigado de acontecer durante os períodos de restrição – tiveram sua economia e produção severamente interrompidas. E o setor artístico foi uma delas.


Muitos artistas tiveram seus ciclos e trabalhos finalizados por conta da obrigatoriedade do distanciamento social, o que acabou por prejudicar a produção criativa e a geração de economia. Entretanto, ao mesmo tempo, diversos artistas tiveram a oportunidade de aumentar o leque de possibilidades das suas criações. Dessa forma, ocorreu uma movimentação no setor, que soube se reinventar de forma online. Criou-se dessa forma, uma maior movimentação e também um novo mercado de produção e disponibilização dessas criações de forma online. “Infelizmente perdi oportunidades por um lado, mas felizmente ganhei uma outra perspectiva em relação ao que eu queria para o meu futuro como artista”, afirma FELL, produtor e beatmaker.


Com tantos novos desafios, os artistas que anteriormente trabalhavam muitas vezes em conjunto ou para um público, tiveram que entender novos meios e se adaptar dentro do que era possível e viável nesse momento pandêmico. Inúmeras formas de produção e exibição se tornaram um meio viável de não deixar de exercitar a própria criatividade. Esse foi um caminho para a artista Rebeca Tolmasquim.


– Eu comecei a produzir artes visuais durante a pandemia, talvez pela possibilidade de editar e colocar a mão com mais liberdade. – Comenta a artista.

Não conseguir desenvolver novas produções de forma remota sem ter a presença de outros artistas foi um grande motivo para desmotivar muitas pessoas nesse período. “Ter espaço pra produzir, nem que seja na rua, ou a casa de um amigo, um ateliê, uma festa, qualquer lugar. Sinto falta”, reitera o artista Tuca Mello.


Porém, ainda assim, a arte resistiu e muitos coletivos se criaram durante a pandemia. Estruturas online para exibição de espetáculos, como os presentes no site Espetáculos Online, e exposições 3D virtuais, como a do MAM, foram soluções eficazes para não deixar a movimentação artística parada.


Aspectos positivos também fazem parte da nova criação desse espaço virtual artístico e cultural, como comenta a professora e atriz Andrea Copeliovitch: “Dá a possibilidade de artistas de diferentes lugares trabalharem juntos”. Algo que poderia não ser possível – justamente por causa da distância física – acabou se tornando irrelevante pela união instantânea causada pelo digital. Não é algo físico, mas encurta os caminhos e consegue aproximar artistas e pessoas de ambientes completamente distintos, contribuindo para uma diversificação das produções, além de possibilitar o acesso à essas produções.


É importante continuar estimulando novos espaços criativos durante os momentos de dificuldade enfrentados pela pandemia da COVID-19, para que a criatividade e a conexão entre os seres humanos através da arte não se perca e não se restrinja. É preciso se reinventar, se adaptar e buscar novas formas de produzir, exibir e se inspirar.



 
 
 

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