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O poder transformador da arte, cultura e educação no futuro das periferias

Atualizado: 3 de ago. de 2021

Arte e educação como meios fomentadores de mudança na perspectiva de crianças e jovens nas periferias


Imagem da ação natalina na Instituição Lauro de Freitas. Foto: Elói Corrêa.



Por Micaela Paiva


Quando se fala de futuro, crianças e jovens são o principal elo que liga esse assunto a um desfecho possivelmente positivo, dependendo do investimento realizado em algumas áreas específicas. O futuro é construído pelos que ainda estão crescendo. A arte e a educação são peças fundamentais para potencializar o desenvolvimento desses jovens e crianças.


— Muitos jovens e crianças das comunidades e periferias não têm acesso à cultura ultimamente. Jovens que têm acesso à cultura nas comunidades e periferias desde criança tem outros olhos pro mundo e acabam criando uma ampla visão de uma sociedade que ele pode explorar. — Comenta ator David Reis.

Esse acesso é muitas vezes prejudicado pela falta de políticas públicas que incentivam projetos culturais artísticos e educacionais nessas localidades, fazendo com que crianças e jovens não tenham percepções diferenciadas de vivências novas, que se despertam através da criatividade e do pensamento crítico intelectual. Dessa forma, mostra-se para essas crianças que elas podem construir algo para além do mundo ainda tão acometido - e infelizmente precário - de atividades diversificadas dentro dessas periferias.


Abrir projetos nesses espaços é incentivar uma grande quantidade de jovens a pensar além do que muitas vezes a pressão social enrijecida pelos padrões costumeiros coloca como única opção. Desperta, transforma e mitiga uma categorização preconceituosa sobre como as pessoas enxergam outras pessoas que moram nos lugares periféricos, além de situar dentro de cada um desses indivíduos, uma capacitação que muitas vezes nem eles mesmos percebem que naturalmente possuem.











Imagem do Projeto MANNA.














— Lembro a primeira vez que eu entrei na comunidade e eu conheci os moradores e eles me disseram, “A gente tá muito feliz porque nunca ninguém fez isso pela gente. ninguém sabe nosso nome. Ninguém quer saber.” — Luísa Arnaud, idealizadora do projeto social MANNA, que leva eventos artísticos-culturais e doações de cestas básicas para diversos lugares periféricos do Rio de Janeiro.


Levar esperança através da arte e da educação para essas crianças e jovens é construir um futuro onde cada uma dessas pessoas possa escolher seu próprio caminho baseado em experiências e potencialização dos conhecimentos adquiridos de forma a fomentar lugares antes não vistos.


Além disso, é também uma forma de mostrar para os moradores em situação periférica que a periferia é sim um lugar. Um lugar de grande potência e capacidade que precisa ser reconhecido, explorado e utilizado através de ferramentas artísticas e educacionais, como pontua o professor Charles Castro: “as políticas sociais, em especial educação e assistência, possibilitam a ascensão social através da qualificação e desenvolvimento de habilidades que potencializam os talentos e novas oportunidades para os jovens”.

 
 
 

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