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Projeto na favela do Arará diminui o calor através da instauração de tetos verdes nas casas

Atualizado: 3 de ago. de 2021

A alternativa 100% sustentável ainda contribui para a conscientização ambiental


O projeto nasceu na favela do Arará, zona norte do Rio de Janeiro. Foto: Reprodução


Por Victória Henrique


A última década registrou temperaturas altíssimas, batendo recordes de calor. Essa realidade pode se tornar ainda mais preocupante, considerando que o planeta ficará mais quente no futuro. “O processo de mudança da temperatura média global”, chamado de aquecimento global, gera impactos negativos, inclusive, para a vida humana. Na tentativa de garantir uma qualidade de vida em meio a este cenário de mudança climática, soluções sustentáveis parecem ser as melhores saídas. Um exemplo são os tetos verdes, coberturas de plantas que formam telhados ecológicos que podem diminuir em até 5ºC a temperatura, além de contribuírem para minimizar as ilhas de calor.


Na comunidade do Arará, zona norte do Rio de Janeiro, o Teto Verde Favela, atua, há 9 anos, exatamente assim, inserindo coberturas vegetais nos telhados das casas. De acordo com o fundador do projeto, Luis Cassiano, não é comum ver iniciativas como essa em favelas e um dos desafios é a ausência de investimento. “É ‘normal’ quando você tem dinheiro para fazer o teto verde em casas de condomínio e shopping center. Na favela, isso ainda é muito distante”, afirmou. O idealizador do projeto ainda completa dizendo que, no entanto, mesmo em meio às dificuldades, o Teto Verde mostra há quase uma década que é possível desenvolver essa ação em territórios favelados.


O Teto Verde Favela surgiu de um incômodo de Luis Cassiano, que transpirava muito devido ao calor da casa em que mora, ainda mais durante o verão. Passava até mal. Esse foi o pontapé inicial para que Luis colocasse em prática a sua ideia de tetos verdes, à princípio, na própria moradia, com o apoio do pesquisador da UFRJ Bruno Rezende, que, ao longo do seu Doutorado, desenvolveu uma nova técnica de telhados verdes que não utiliza solo nem substrato. O cenário mudou, o ambiente tornou-se muito mais confortável e fresco. “Se eu acho que isso é bom para mim, então pode ser bom para os outros também”, disse Luis referindo-se a adesão ao telhado verde.


O objetivo agora é expandir o projeto para outras favelas próximas ao Arará, mas por causa do período atual, as ações seguem paralisadas. “O projeto está parado, porque para você fazer um telhado verde na casa de alguém é preciso entrar no lugar. De qualquer forma, seguimos com a gestão interna”, comentou Luis. Entretanto, antes da pandemia de Covid-19, o Teto Verde Favela desenvolveu diversas iniciativas que englobam desde a instauração de vegetação em telhados até palestras sobre o tema para escolas, empresas e instituições, como a Fiocruz. A iniciativa, hoje, conta com uma equipe formada por Luis Cassiano, Bruno Rezende e estudantes da Enactus UFRJ, projeto de extensão da universidade.





 
 
 

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